quinta-feira, 31 de julho de 2014

#32 Aprender a dançar

Caramba, que foi das melhores coisas que aprendi! Das mais difíceis também, por mais cómico/inacreditável que possa parecer.
Desde miúda que sempre quis aprender a dançar. E desde miúda que sempre tive uma espécie de bloqueio com isto da dança. E acabou por ser um sonho adiado enquanto os meus olhos brilhavam ao ver os outros nas mais variadas pistas de dança. Até que um mau momento (ver coisa #30), me levou a ter de arranjar uma estratégia. E aí fui. Aprendi a dançar salsa. Porque a gente morre, mas os sonhos não e porque nunca é tarde demais. E a salsa, os amigos que fiz, as coisas que conheci não têm preço e acabaram por ser uma rampa de lançamento para outras coisas na minha vida, a vários níveis. E é isto que o sair da nossa zona de conforto nos proporciona (ver coisa #13). Bolas, que foi das melhores coisas que já fiz na vida!


quarta-feira, 30 de julho de 2014

#31 Guarda o melhor para ti

Há vários anos atrás, vários mesmo, uma senhora, amiga da minha família, e com muita experiência de vida, disse-me uma coisa que, na época, não compreendi muito bem e que me pareceu ser exagero: "Guarda o melhor para ti. Não contes a ninguém, a não ser à tua mãe. Nem à tua melhor amiga. A ninguém.". Passaram-se alguns anos até que eu percebesse realmente o que ela queria dizer. Nesta fase da vida concordo com ela a cem por cento.


terça-feira, 29 de julho de 2014

#30 Contornar os maus momentos

Todos nós já tivemos maus momentos na vida. Quem não teve?... Mais cedo ou mais tarde esses maus momentos vão aparecer e há que aprender estratégias para os contornar. Há que aprender, antes de tudo, que as coisas menos boas também fazem parte, um pouco como aquelas dores de crescimento que todos mais ou menos sentimos. Os maus momentos são isso mesmo: dores de crescimento. Entrar em espiral descendente, embora inconsciente e/ou involuntariamente, parece a saída mais fácil. Difícil mesmo é erguermo-nos, e mesmo dobrados, nunca partirmos, como o salgueiro. Há que aprender estratégias o quanto mais cedo melhor. Sair com os amigos, descobrir algo que se goste realmente de fazer, sair de casa, conhecer melhor a nossa cidade, etc, etc. E sobretudo aprender. Aprender tudo o que esse momento menos bom nos trouxe. Porque há sempre qualquer lição a tirar.

Nota: O salgueiro é das árvores mais resistentes que se conhece. Mesmo durante uma tempestade, em que verga até ao chão, não se quebra e volta sempre a ficar de pé.



segunda-feira, 28 de julho de 2014

#29 A Disney

Podemos aprender muita coisa com os filmes da Disney. E não apenas aos 5, nem aos 10, mas aos 20, aos 30, aos 40 e quando os 50 chegarem digo qualquer coisa.

E porque uma imagem vale mais do que mil palavras:



domingo, 27 de julho de 2014

#28 Relativizar

Defiinição do dicionário informal online: "(...) Ver que a verdade está mais no olhar do que naquilo que é olhado. Relativizar é não transformar a diferença em hierarquia, em superiores e inferiores, ou bem e mal, mas vê-la na sua dimensão de riqueza por ser diferença. Relativizar é quando deixamos de lado essa visão preconceituosa e aprendemos a ver o outro somente como diferente."

Relativizar. Colocar as coisas em perspetiva. É essencial e libertador. E, sobretudo, é algo que também se aprende.




sábado, 26 de julho de 2014

#27 Faz mais daquilo que te faz feliz

Quando encontrares alguém com quem gostes realmente de estar, está. Quando encontrares algo que te faz feliz, vai. Não adies a felicidade. Vai. Faz. Telefona. Ri. Dança. Encontra o que faz os teus olhos brilharem. E quando encontrares corre atrás. Não penses muito. Porque enquanto pensamos muito, enquanto na nossa cabeça germinam dúvidas e medos e os temíveis ais-que-não-consigo, o tempo passa. Não deixes o tempo passar.


sexta-feira, 25 de julho de 2014

#26 Agradecer

Com frequência pensamos mais naquilo que não temos, do que em tudo o que conquistámos. Há sempre alguma coisa que nos faz falta, principalmente na sociedade de consumo em que estamos inseridos. Não é por mal, mas acabamos vez após vez por ceder ao queixume, ao lamento, ao ai-que-não-aguento-viver-sem-isto. E basta olharmos à nossa volta para percebermos que, a maioria de nós, (infelizmente nem todos), é privilegiada de alguma forma. E se pensarmos bem temos muita coisa para agradecer e frequentemente nos esquecemos. É importante agradecer. Seja porque vemos o sol nascer, seja porque temos uma família que nos adora, ou porque fomos abençoados com algum talento especial, ou até mesmo porque sabemos ler e escrever, caramba, há tanta coisa para agradecer que podia continuar por aqui fora... Cabe a cada um de nós perceber a sorte que tem e dizer obrigado.


quinta-feira, 24 de julho de 2014

#25 O silêncio é de ouro

Não sou das pessoas mais caladas, mas também nunca fui de falar muito. Aprendi que o silêncio pode mesmo ser de ouro. A ausência de palavras é, por vezes, o melhor texto do mundo. Pode evitar-nos chatices, sobretudo quando reagimos precipitadamente. Também preserva a nossa imagem.

Aprendi a ouvir os silêncios. Interpretar o que não foi dito. E, por vezes, o silêncio é tudo aquilo que o outro precisa ouvir. Porque o silêncio pode conter o maior abraço do mundo.


quarta-feira, 23 de julho de 2014

#24 Protege-te a ti próprio

Gostava de ter aprendido esta "coisa" bem mais cedo na vida. Mas agora sei que não poderia ter sido de outra forma. Temos de cair, aprender a cair e aprender a levantar-nos. E pelo meio proteger-nos a nós próprios, pois ninguém fará isso por nós. Temos de arranjar almofadas emocionais, airbags frontais, laterais ou uma outra qualquer jigajoga que amorteça a queda. Proteger-nos a nós próprios preservar as nossas energias foi das melhores coisas que aprendi. Porque afinal somos mesmo muito importantes para nós.


terça-feira, 22 de julho de 2014

#23 O tempo certo

Esta "coisa" aprendi recentemente... Não devemos esperar pelo "tempo certo", AGORA é o tempo certo. Por vezes esperamos demasiado: pela pessoa certa, pela idade certa, pelo tal emprego, pelo momento certo... E, quando menos damos conta, o tempo passou. E já não volta atrás. Podemos ter outras pessoas, outros momentos, outras oportunidades, mas não "aqueles(as)". Deixamos de viver ou por medo ou por insegurança ou por achar que tínhamos a vida toda pela frente... E há os terríveis "Se"... Por isso, há que viver, porque  há momentos que não se repetem, há pessoas insubstituíveis, vidas que podiam ser únicas.


segunda-feira, 21 de julho de 2014

#22 Uma mão cheia de amigos

Os amigos são uma parte muito importante da nossa vida. São um dos queijinhos (ver coisa #3). Quando somos crianças fazemos amigos facilmente, é algo que parece inato naquela idade. Com o tempo vamo-nos esquecendo ou sendo mais exigentes ou, como muitos gostam de dizer hoje em dia, "não tenho tempo". É bom ter amigos. Amigos que saibam enxugar as nossas lágrimas e amigos que sejam capazes de ficar felizes com a nossa felicidade. Porque, isto meus amigos, é muitas vezes o mais difícil. Por isso, tem uma mão cheia de (verdadeiros) amigos. Chega.



domingo, 20 de julho de 2014

#21 Segue o teu coração

Parece lamechas, mas aprendi que, em caso de dúvida (ou sempre!), ouvir o nosso coração ou se preferirem, a nossa voz interior, acaba sempre por ser a melhor solução. Um dia li a seguinte frase que, infelizmente, não sei a quem atribuir, mas que resume esta "coisa" que aprendi e que podemos aplicar a todas as áreas da nossa vida:

"Amei a vida inteira e sei de cor as leis do amor. Umas são de pedra, outras de água transparente. Uma vida inteira e não sei ainda o caminho.” E alguém sabe o caminho? Deixe que o instinto o/a leve, deixe-se levar pelo coração".


sábado, 19 de julho de 2014

#20 Não desistir

É essencial não desistir. Mas é também essencial perceber a diferença entre desistir e perceber (a tempo!) que há pessoas/coisas/situações que simplesmente não valem a pena. Mas foi mais uma coisa que me fui esquecendo como fazer... Esqueci-me de tal forma que acho que desistia de quase tudo. Era uma espécie de plano de fuga, eu acho... Mas estou a reaprender. Já não desisto à primeira dificuldade. Nem à segunda. Embora à terceira a tentação de desistir (o tal plano de fuga...) já seja considerável.  Tento sempre ter em mente uma coisa que alguém muito importante na minha vida me disse "as coisas que vêm depressa e fácil também se vão embora depressa, com a facilidade com que chegaram", ou seja, há coisas pelas quais vale a pena lutar, independentemente dos obstáculos,  pois não valem a pena somente no fim, valem a pena durante toda a jornada.


sexta-feira, 18 de julho de 2014

#19 Aceitar

O poder da aceitação na manutenção do nosso bem estar é apenas compreendido por aqueles que, algum dia, se recusaram, embora muitas vezes involuntariamente, a aceitar. E aceitar não significa resignar-se com tudo o que lhe acontece. Longe disso. Aceitar é algo muito mais amplo. Significa perceber que, simplesmente, há coisas/pessoas que não valem a pena. Significa compreender que há momentos que não voltam, que há pessoas que estavam destinadas a fazer parte da nossa vida, mas não a ficar nela. Aceitar significa que vivemos no verdadeiro sentido da palavra, que aprendemos e seguimos em frente. Obrigada.


quinta-feira, 17 de julho de 2014

#18 Estar sozinho

Aprender a estar sozinho. Das coisas mais essenciais que podemos aprender e que, frequentemente, negligenciamos. Creio que o fazemos porque o estar só é muitas vezes confundido com solidão. E não podíamos estar mais enganados. Solidão é algo muito maior, muito mais assombroso. Podemos sentir solidão no meio de muita gente, no meio de uma alegre Feira Popular. Estar só é outra coisa. Aprendi recentemente que podemos fazer tanta coisa sozinhos e ainda assim nos sentirmos felizes. Quando atingimos esta fase não precisamos necessariamente estar com alguém, tudo o que queremos é sentir-nos bem. Se pudermos compartilhar o nosso bem estar com outro, tudo bem, se não... tudo bem na mesma. Hoje em dia tenho necessidade de estar só. Nem que seja por momentos. É essencial para o meu equilíbrio. Estar comigo é das melhores coisas do mundo.


quarta-feira, 16 de julho de 2014

#17 Ri-te

Nem sempre é fácil. Porque o namorado não nos responde às mensagens, porque aquelas calças tamanho 34 já não nos servem, porque no trabalho o chefe/a colega/o cliente nos inferniza a vida numa base diária, e poderia continuar... Não é fácil mas é essencial. Rir das coisas. Aprendi que o não levarmos as coisas tão a sério nos faz encarar o dia, a vida, os outros de uma forma muito mais leve. E rir, Rir muito. E sorrir também, porque o mundo é como um espelho, quando sorrimos, ele sorri-nos de volta.


terça-feira, 15 de julho de 2014

#16 Desapego

Das coisas mais importantes que aprendi. Devemos inculcar em nós a arte do desapego e praticar, praticar muito, como se fossemos atletas de alta competição. Devemos deixar ir, deixar correr. Desapegar. Isto não significa que nos devemos ignorar uns aos outros ou que devemos menosprezar tudo o que nos rodeia. O desapego é algo completamente diferente. É amar sem posses. É possuir sem ter. É ter e deixar voar.


segunda-feira, 14 de julho de 2014

#15 Viver no momento presente

Até há um par de anos atrás o meu presente situava-se no meu passado. Como tudo tinha sido tão bom, como hoje em dia nada se comparava, blá blá blá.... Viver no momento presente é das melhores lições que podemos aprender com as crianças (entre outras tantas!...). As pessoas grandes têm muito coisa para aprender e, uma delas, é que só o hoje é realmente importante. Para que eu aprendesse esta valiosa lição e, sobretudo, a colocasse em prática, em muito contribuiu a mentalidade de leito de morte (ver coisa #8). Viver no momento presente, sem a angústia do passado, sem expetativas para o futuro.


domingo, 13 de julho de 2014

#14 És mais forte do que pensas

Sempre me considerei uma pessoa forte. Mesmo quando era criança. Forte e corajosa. Com o passar dos anos e com os obstáculos que, naturalmente, vão surgindo, aos poucos fui-me esquecendo... No entanto, posso dizer que foi a própria vida que fez questão de me lembrar. Aliás, nem me deu outra hipótese. Sabemos que somos fortes quando ser forte é a única alternativa que temos e, sobretudo, quando uma das pessoas que mais adoramos no mundo precisa que o sejamos. E é aí que nos lembramos que somos muito mais fortes do que alguma vez pensámos ser.


sábado, 12 de julho de 2014

#13 Sair da zona de conforto

Sair da zona de conforto. Parece difícil, mas não é. Acho que a primeira vez que fiz tal coisa foi no dia em que me fui inscrever nas aulas de salsa numa academia de dança. Não fui logo atendida. Estava aterrorizada. À medida que os segundos passavam eu apenas pensava numa coisa: fugir. Mas não o fiz. E o que ganhei? Tudo e mais alguma coisa. Simplesmente, a minha vida mudou do dia para a noite. Foi mais, muito mais do que alguma poderia imaginar. Depois disso saí várias vezes da minha zona de conforto. Mas isso dava um blog, um livro, um filme... No entanto, não saí tanto como gostaria, como devia, como se impõe. Costuma dizer-se que a vida começa no fim da nossa zona de conforto. Não poderia estar mais de acordo. Ah, e vamos sempre a tempo de sair. Aliás, o ideal seria sair e não voltar...


sexta-feira, 11 de julho de 2014

#12 Lições

Aprendi, com o passar do tempo, que quando a vida, repetidamente, nos coloca perante a mesma situação, embora por vezes de formas diferentes, é porque ainda não aprendemos e continuamos a cometer os mesmos erros. Por isso fica aqui o resumo da matéria dada: aprende, ri-te, não te esqueças do que aprendeste e segue em frente no caminho dourado que apenas tu podes escolher.


quinta-feira, 10 de julho de 2014

#11 A Maquilhagem

Há quem diga que não passa de uma futilidade. Outros afirmam que não têm tempo para "esse tipo de coisas". A  verdade é que agradeço ao meu rímel e, sobretudo, ao meu corretor de olheiras as mil e uma vezes que conseguiram camuflar uma noite mal dormida e, as incontáveis vezes em que me olho ao espelho pela manhã e penso "bem, que pestanas fantásticas!". Haverá melhor forma de começar o dia do que elogiar-nos a nós próprias?... Um outro grande "amigo", que não saio de casa sem (pelo menos durante dez meses): o blush. Ora, o blush dá-nos, nada mais nada menos, que um ar saudável e evita a embaraçosa pergunta: "Estás doente?". Três coisinhas, cinco minutos, um sorriso na cara e estou pronta.




quarta-feira, 9 de julho de 2014

#10 Magia

Há quem lhe chame fé. Eu prefiro chamar-lhe magia. E, quando acreditamos em magia, passamos a ver o mundo com outros olhos. Acreditar em magia faz com que nunca percamos a esperança. Porque para nós (aqueles que acreditam) a magia existe e é como se houvesse sempre um milagre todos os dias. É importante acreditar em algo, em qualquer coisa que nos momentos mais difíceis nos empurre para a frente. Seja no que for. A vida, o universo, são demasiado misteriosos e mágicos para caminharmos sozinhos.


terça-feira, 8 de julho de 2014

#9 Fall in love with the most unexpected person at the most unexpected time

Faz este mês dois anos. Dois anos que a minha vida começou a mudar. Bem, não foi exatamente a minha vida que mudou, mas talvez a forma como a vejo.  E, um dos aspetos que contribuiu para esta mudança, foi exatamente este: “Fall in love with the most unexpected person at the most unexpected time”. O facto de não ter imediatamente fechado a porta para uma pessoa que, à primeira vista, era tudo aquilo com que eu nunca tinha sonhado. Esta frase parece rebuscada, mas é assim mesmo. Contudo, essa pessoa veio a revelar-se tudo o que eu tinha sonhado e mais, muito mais. As surpresas, as contrariedades, as diferenças culturais, a barreira, linguística, as alegrias, os obstáculos, os sorrisos, as lágrimas, com tudo isto e muito mais somei ganhos, acumulei pequenas e grandes vitórias, pessoais e conjuntas, que tornaram a minha vida mais bonita e enriquecedora. Tudo isto petit a petit num mundo novo para mim. E aprendi, mais uma vez, que a vida, essa, está absolutamente fora da nossa zona de conforto. Obrigada.


segunda-feira, 7 de julho de 2014

#8 Mentalidade de Leito de Morte

Esta coisa que aprendi parece algo macabra, eu sei. Mas não é. Revelou-se uma ferramenta extraordinária. Há uns anos li sobre este assunto no livro O Monge que Vendeu o Ferrari. Mas, embora a a expressão me tenha ficado na cabeça, é verdade é que não prestei muita atenção, até há cerca de um ano e meia dúzia de dias atrás, quando um  colega de trabalho morreu de repente, aos 40 anos. Deixou quatro filhas, com idades compreendidas entre os quatro e os dez anos de idade. Não éramos amigos, no sentido mais amplo da palavra, mas éramos aquilo que onze anos de convivência profissional permitiam. Morreu de repente. Sem tempo para deixar uma palavra num texto onde tanto há a dizer. De repente. Como se já tivesse vivido tudo, quando havia ainda tanto para fazer. E foi quando me lembrei da expressão "Mentalidade de Leito de Morte". E passei a colocá-la em prática. E posso dizer que em doze meses, em duas ou três situações em que não sabia o que fazer, perguntei a mim mesma: "Se morresses amanhã, farias isto hoje?". A resposta foi sempre Sim!. Descobri, pouco mais tarde, que Steve Jobs pensava de forma algo semelhante, que passo a transcrever: 

"Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo - expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar - caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. (...) Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração."






domingo, 6 de julho de 2014

#7 Medo

"Eras uma menina muito corajosa", disse-me a minha mãe há um par de anos. Pois era. E já nem me lembrava. Tinha-me esquecido como ser corajosa e tinha deixado o medo tomar conta da minha vida e, principalmente, de mim. Era um medo que me toldava os pensamentos, que me bloqueava a vida. e que, sobretudo, me impedia de seguir em frente. "Não conheço quem fui no que hoje sou", escreveu Fernando Pessoa. E repetia-o eu vezes sem conta. Até que decidi colocar um basta. Hoje em dia percebo que o medo é uma reação natural do nosso organismo, reação que tem como função ajudar-nos, fazer-nos reagir e não o contrário. Não deixei de ter medo. Simplesmente agora sigo um passo à frente.


sábado, 5 de julho de 2014

#6 Quem ama não arranja desculpas

Um dia li num artigo algo semelhante ao que vou escrever a seguir. Quem ama não arranja desculpas. Não existe ai que não ouvi o telefone tocar ou tinha o telemóvel sem bateria ou ai que não consigo receber mensagens. Quem ama de verdade vai, corre atrás. Não tem bateria no telemóvel? Pede um emprestado. Não sabe o número de cor? Vai a um cyber café, a casa de um amigo, etc, e manda uma mensagem/email ou seja lá o que for. Quem ama procura, pergunta, anda, voa, vai de carro ou de patins! Quem ama espera contigo no corredor do hospital enquanto a tua mãe ou o teu pai estão nas urgências. Não liga para saber se precisas de alguma coisa... Não tem muito trabalho. Não está ocupado com a visita da tia/do primo/da cunhada da prima da vizinha. Quando gostamos de alguém de verdade, temos sempre bateria, ouvimos sempre a campainha, lemos sempre aquela mensagem em qualquer que seja a rede social. Por isso, é fácil saber quando alguém gosta de nós. Porque quem ama arranja um jeito. Não arranja desculpas.


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sexta-feira, 4 de julho de 2014

#5 Beber sumo de laranja

Não, não é mito. A vitamina C que nos é oferecida pelas laranjas faz mesmo bem à saúde. Eu provo e comprovo. Embora sempre tenha sido adepta de sumo de laranja (adoro!), há cerca de dois anos comecei a bebê-lo com bastante regularidade (cerca de 4x/semana, em média). E, de facto, há cerca de dois anos que raramente estou constipada e nem uma gripe tive desde então. Eu, que desde pequena, por motivos vários, tinha, no mínimo, uma infecção brônquica por ano resultante de gripes mais ou menos fortes, entre outros sintomas associados a este tipo de maleitas. Por isso, e por tudo e mais alguma coisa, não vou parar de beber!



quinta-feira, 3 de julho de 2014

#4 Usar cremes a partir dos 20 (pelo menos)

Comecei a usar cremes aos 34. Por insistência de uma amiga, que tinha uma pele fantástica e já usava desde os 20. A minha nunca tinha sido fantástica. Nem aos 15. Mas, mesmo assim não usava. Mil desculpas: ai porque são caros, caramba, que não tenho paciência, olha p'ra isto, como raios vou escolher, são tantos!, etc. Agora sei que faz diferença. A nossa pele reflete o que sentimos, o que comemos, o que (não) bebemos. E, sobretudo, desde que comecei a usar, não consigo sequer não colocar. A minha pele como que implora. Não é mais uma mariquice. Faz parte de cuidar de nós.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

#3 A vida é como o Trivial Pursuit, precisamos dos queijinhos todos

Há cerca de dois, três anos, numa conversa casual com uma amiga, e num momento de inspiração, daqueles que vêm não sei como e nascem não sei porquê, pronunciei esta frase: "A vida é como o Trivial Pursuit, precisamos dos queijinhos todos".

E, de repente, fez todo o sentido. Precisamos da protecção, do porto seguro para onde sempre podemos voltar, e aí temos a a família. E esta família não tem necessariamente de ser a biológica, atenção. Mas, precisamos também daquele companheirismo, do riso fácil, das conversas intermináveis ao telefone, da partilha de certas coisas que só os amigos nos podem dar. E, o queijinho que vem mais tarde na vida, o namorado(a) ou companheiro(a) ou qual seja o título que lhe queiram dar. Precisamos dos mimos, do olhar cúmplice, disto e daquilo e de tudo o que achamos precisar. Precisamos também de nos sentir úteis, reconhecidos, e aí ter o queijinho do trabalho/emprego faz todo o sentido. E, por aí fora, cada um de nós constrói a sua roda de queijinhos, com aquilo que lhe faz mais falta.E, percebemos, inevitavelmente, que precisamos de todos. Do Roquefort, do Camembert, do Brie e até do mais vulgar Flamengo...