segunda-feira, 7 de julho de 2014

#8 Mentalidade de Leito de Morte

Esta coisa que aprendi parece algo macabra, eu sei. Mas não é. Revelou-se uma ferramenta extraordinária. Há uns anos li sobre este assunto no livro O Monge que Vendeu o Ferrari. Mas, embora a a expressão me tenha ficado na cabeça, é verdade é que não prestei muita atenção, até há cerca de um ano e meia dúzia de dias atrás, quando um  colega de trabalho morreu de repente, aos 40 anos. Deixou quatro filhas, com idades compreendidas entre os quatro e os dez anos de idade. Não éramos amigos, no sentido mais amplo da palavra, mas éramos aquilo que onze anos de convivência profissional permitiam. Morreu de repente. Sem tempo para deixar uma palavra num texto onde tanto há a dizer. De repente. Como se já tivesse vivido tudo, quando havia ainda tanto para fazer. E foi quando me lembrei da expressão "Mentalidade de Leito de Morte". E passei a colocá-la em prática. E posso dizer que em doze meses, em duas ou três situações em que não sabia o que fazer, perguntei a mim mesma: "Se morresses amanhã, farias isto hoje?". A resposta foi sempre Sim!. Descobri, pouco mais tarde, que Steve Jobs pensava de forma algo semelhante, que passo a transcrever: 

"Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo - expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar - caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. (...) Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração."






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